Lisboa
2 e 9 de Fevereiro (sábados), 10:00 - 18:00
Sala Luís de Freitas Branco, Centro Cultural de Belém (Praça do Império)
Curso "Viagens Pela História do Fado"
O Fado é um género performativo que integra música e poesia, desenvolvido em Lisboa no segundo quartel do século XIX, como resultado de um processo de fusão multicultural que envolveu danças afro-brasileiras recém-chegadas à Europa, uma herança de géneros locais de canção e dança, tradições musicais de zonas rurais trazidas por vagas sucessivas de imigração interna e os padrões cosmopolitas da canção urbana do início do século XIX.
No século XX o Fado converteu-se no mais popular género de canção urbana em Portugal e é reconhecido pela maioria das comunidades portuguesas como um símbolo da identidade cultural nacional, no seu conjunto. A sua disseminação através da emigração portuguesa para a Europa e para as Américas, e mais recentemente através do circuitos da World Music, tem vindo também a reforçar, no plano internacional, a percepção desse seu papel identitário, conduzindo ao mesmo tempo a um processo crescente de trocas interculturais com outros géneros musicais.
Orientação de Rui Vieira Nery.
Entrada livre mediante inscrição prévia para inscricoes.ciclos.humanidades@ccb.pt (enviando a ficha de inscrição).
No século XX o Fado converteu-se no mais popular género de canção urbana em Portugal e é reconhecido pela maioria das comunidades portuguesas como um símbolo da identidade cultural nacional, no seu conjunto. A sua disseminação através da emigração portuguesa para a Europa e para as Américas, e mais recentemente através do circuitos da World Music, tem vindo também a reforçar, no plano internacional, a percepção desse seu papel identitário, conduzindo ao mesmo tempo a um processo crescente de trocas interculturais com outros géneros musicais.
Orientação de Rui Vieira Nery.
Entrada livre mediante inscrição prévia para inscricoes.ciclos.humanidades@ccb.pt (enviando a ficha de inscrição).
Braga
Até 6 de Fevereiro (4ª a domingo), 21:00 - 1:00 (4ª a sábado) / 18:00 - 24:00 (domingo)
Velha-a-Branca - Estaleiro Cultural (Largo da Senhora-a-Branca, 23)
Exposição "Viagem por Marrocos dos Berberes"
Esta exposição reúne fotografias feitas entre 2010 e 2012, altura em que a autora, Emilie van de Looverbosch esteve em Marrocos e participou em duas experiência de voluntariado. As suas fotografias são o testemunho da experiência neste País incrível, pretendendo através delas destacar a cultura Berbere. Em Marrocos assistiu também a várias práticas enraizadas na cultura e economia, que de uma perspectiva ocidental poderão ser vistas como injustas.
Emilie van de Looverbosch é belga e natural de Antuérpia. Estudou comunicação nesta cidade e também em Barcelona e Louvain-la-Neuve.
Emilie van de Looverbosch é belga e natural de Antuérpia. Estudou comunicação nesta cidade e também em Barcelona e Louvain-la-Neuve.
Coimbra
Até 9 de Março (3ª a sábado), 10:00 - 18:00 (fecha entre as 13:00 e as 14:00 ao sábado)
Galeria Almedina (Arco de Almedina)
Desenhos de Inês dos Aidos
De traço firme e expressivo, os Desenhos que Inês dos Aidos torna públicos, pela primeira vez, revelam o seu carácter sensível e um potencial artístico muito promissor.
Uma breve passagem pelas Belas Artes acrescentou algum rigor académico aos retratos executados a partir de modelos estáticos, algumas vezes reunidos em composições em que a autora se liberta da disciplina imposta pelo mestre para revelar uma natural tendência para uma estética mais contemporânea, consentânea com a sua juventude.
Uma breve passagem pelas Belas Artes acrescentou algum rigor académico aos retratos executados a partir de modelos estáticos, algumas vezes reunidos em composições em que a autora se liberta da disciplina imposta pelo mestre para revelar uma natural tendência para uma estética mais contemporânea, consentânea com a sua juventude.
Ferrol
Até 27 de Março (4ª feira), 20:30
Cine Duplex (Travesía Moreno, 3)
Ciclo de cinema bélico
6 de Fevereiro: "Escape From Alcatraz" (1979), de Don Siegel.
Até 28 de Fevereiro (5ª feira), 20:30
Cine Duplex (Travesía Moreno, 3)
Noites de cinema e poesia
7 de Fevereiro: "Bande à Part" (1964), de Jean-Luc Godard.
Porto
Até 7 de Abril (3ª a domingo), 10:00 - 12:30 e 15:00 - 18:00 (3ª a 6ª), 15:00 - 19:00 (sábados, domingos e feriados)
Centro Português de Fotografia (Edifício da Ex-Cadeia e Tribunal da Relação do Porto, Campo Mártires da Pátria)
Exposição "Català – Roca, Obras-primas"
A obra de Francesc Català-Roca (Valls, 1922 - Barcelona, 1978) constitui a pedra basilar da fotografia documental em Espanha.
Ninguém, como ele, soube intuir primeiro e construir depois, um discurso pleno de autenticidade, fé e consciência numa linguagem de imagens destinadas a reconhecer e a reconhecermo-nos. A reportagem fotográfica atingiu, com o seu trabalho, uma sintaxe nova, uma estrutura firme e decidida, afastando-se, sem hesitação, de qualquer tentativa experimental e de qualquer ambição artística. O fotógrafo – segundo a convicção de Català – actuava como um sequestrador de imagens da realidade quotidiana. A sua missão era resgatar, imobilizar instantes que a fotografia transformaria em momentos relevantes. Sem intervir, sem construir nada para além do instante e da óptica.
Català determinou, com a sua obra, o mais duradouro legado fotográfico. Com a sobriedade de quem se vê como mero espectador de uma realidade intocável, aplicou a sua particular cirurgia óptica para converter o quotidiano em transcendental e transformar, assim, as suas fotografias em ícones de memória. Soube construir, de forma intuitiva, o seu próprio discurso plástico ligado à tendência realista, a fotografia directa, a observação e decomposição do meio ambiente, com regras geométricas impostas pelo visor da câmara.
A sua intuição ultrapassou os princípios teóricos de Cartier-Bressón, que conheceria mais tarde e ao qual precedeu nos conceitos sobre a construção do instante decisivo do disparo da câmara e que, posteriormente, constituiriam o ADN da reportagem fotográfica mundial.
O importante está no olhar do fotógrafo, no projeto de Català, em fazer de forma simples e directa o impulso de fotografar; em subtrair em vez de adicionar, em olhar de frente, em enquadrar desde a cintura, em disparar desde o coração, em estar dotado de curiosidade e empatia por tudo o que é humano.
As imagens deste obstinado e empenhado fotógrafo dignificaram tudo aquilo em que tocaram. Não há vislumbre de condescendência nem de julgamento quando dirige o seu olhar às pessoas humildes do campo ou da cidade. Sabe respeitar a distância exacta para narrar como testemunha, como fotógrafo ausente, e consegue converter a fotografia num acto banal.
A sua incansável dedicação à tarefa de descrever este país ao longo de três décadas, deixou-nos um legado de mais de 200.000 negativos impecáveis, já que no seu cuidado por descartar o supérfluo, destruiu todos as imagens imperfeitas.
As suas imagens povoam a nossa memória como ícones do passado. Ao contemplá-las, as nossas próprias recordações são revividas com nitidez. É a imbatível essência da fotografia documental. A excelência de reunir a verdade e a beleza em duas dimensões. O legado de Francesc Català-Roca.
Ninguém, como ele, soube intuir primeiro e construir depois, um discurso pleno de autenticidade, fé e consciência numa linguagem de imagens destinadas a reconhecer e a reconhecermo-nos. A reportagem fotográfica atingiu, com o seu trabalho, uma sintaxe nova, uma estrutura firme e decidida, afastando-se, sem hesitação, de qualquer tentativa experimental e de qualquer ambição artística. O fotógrafo – segundo a convicção de Català – actuava como um sequestrador de imagens da realidade quotidiana. A sua missão era resgatar, imobilizar instantes que a fotografia transformaria em momentos relevantes. Sem intervir, sem construir nada para além do instante e da óptica.
Català determinou, com a sua obra, o mais duradouro legado fotográfico. Com a sobriedade de quem se vê como mero espectador de uma realidade intocável, aplicou a sua particular cirurgia óptica para converter o quotidiano em transcendental e transformar, assim, as suas fotografias em ícones de memória. Soube construir, de forma intuitiva, o seu próprio discurso plástico ligado à tendência realista, a fotografia directa, a observação e decomposição do meio ambiente, com regras geométricas impostas pelo visor da câmara.
A sua intuição ultrapassou os princípios teóricos de Cartier-Bressón, que conheceria mais tarde e ao qual precedeu nos conceitos sobre a construção do instante decisivo do disparo da câmara e que, posteriormente, constituiriam o ADN da reportagem fotográfica mundial.
O importante está no olhar do fotógrafo, no projeto de Català, em fazer de forma simples e directa o impulso de fotografar; em subtrair em vez de adicionar, em olhar de frente, em enquadrar desde a cintura, em disparar desde o coração, em estar dotado de curiosidade e empatia por tudo o que é humano.
As imagens deste obstinado e empenhado fotógrafo dignificaram tudo aquilo em que tocaram. Não há vislumbre de condescendência nem de julgamento quando dirige o seu olhar às pessoas humildes do campo ou da cidade. Sabe respeitar a distância exacta para narrar como testemunha, como fotógrafo ausente, e consegue converter a fotografia num acto banal.
A sua incansável dedicação à tarefa de descrever este país ao longo de três décadas, deixou-nos um legado de mais de 200.000 negativos impecáveis, já que no seu cuidado por descartar o supérfluo, destruiu todos as imagens imperfeitas.
As suas imagens povoam a nossa memória como ícones do passado. Ao contemplá-las, as nossas próprias recordações são revividas com nitidez. É a imbatível essência da fotografia documental. A excelência de reunir a verdade e a beleza em duas dimensões. O legado de Francesc Català-Roca.
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